Quanto ao primeiro ranking, não diz grande coisa: o critério não é o poder de compra das reformas, mas sim a % dos últimos salários a que corresponde o valor da reforma. Se os salários forem muito baixos, como é o caso de Portugal, reformas a 100% dos salários serão igualmente muito baixas.
Quanto ao segundo ranking, já sabia que as reservas de ouro do Banco de Portugal são muito elevadas e têm beneficiado muito da valorização do metal amarelo no mercado internacional, nomeadamente por ser activo-refúgio. Esse activo deduz-se ao endividamento bruto para dar a posição líquida face ao Resto do Mundo. Vender ouro aproveitando as cotações altas (como certos economistas alemães têm sugerido) seria uma maneira de reduzir a dívida bruta, mas a dívida líquida manter-se-ia inalterada e, de qualquer maneira trata-se-ia de uma medida "one-off". O modo mais virtuoso de reduzir a dívida para níveis sustentáveis consiste em aumentar a poupança. Vender activos deve ser uma hipótese em casos de absoluta emergência e se esses activos forem vendidos a preços interessantes. It goes without saying que dívida zero não deve ser o ponto óptimo a perseguir a tudo o custo.
3 comentários:
Miguel - fiquei admirada com estes dados e gostava de saber o que pensas.
Quanto ao primeiro ranking, não diz grande coisa: o critério não é o poder de compra das reformas, mas sim a % dos últimos salários a que corresponde o valor da reforma. Se os salários forem muito baixos, como é o caso de Portugal, reformas a 100% dos salários serão igualmente muito baixas.
Quanto ao segundo ranking, já sabia que as reservas de ouro do Banco de Portugal são muito elevadas e têm beneficiado muito da valorização do metal amarelo no mercado internacional, nomeadamente por ser activo-refúgio. Esse activo deduz-se ao endividamento bruto para dar a posição líquida face ao Resto do Mundo. Vender ouro aproveitando as cotações altas (como certos economistas alemães têm sugerido) seria uma maneira de reduzir a dívida bruta, mas a dívida líquida manter-se-ia inalterada e, de qualquer maneira trata-se-ia de uma medida "one-off". O modo mais virtuoso de reduzir a dívida para níveis sustentáveis consiste em aumentar a poupança. Vender activos deve ser uma hipótese em casos de absoluta emergência e se esses activos forem vendidos a preços interessantes. It goes without saying que dívida zero não deve ser o ponto óptimo a perseguir a tudo o custo.
Depois de ler este teu comentário apetece-me fazer ainda mais perguntas e observações. Trata-se de mais um pretexto para conversa longuíssima...
Enviar um comentário