Um artista que faz derreter o tempo, desafia a religião e o mito da criação, engaveta o ser humano e harmoniza-o com a natureza e chega mesmo a reinventar a arte e os objectos.
Um homem controverso, que se demarcou dos restantes artistas da corrente por não compartilhar a orientação política que lhe era comum, o marxismo. Pelo contrário, Salvador Dalì considerava-se anarco – monárquico e quando foi rejeitado pelos surrealistas afirmou: «A única diferença entre mim e os Surrealistas é que eu sou Surrealista»
Por fim, não se pode falar de Dali sem referir a grande paixão por Gala, a sua musa inspiradora, com a qual se casou duas vezes, primeiro numa cerimónia civil e muitos anos depois numa cerimónia católica romana. Esta mulher foi por ele descrita como quem conseguiu dar a ordem que faltava à sua vida: «Eu existia apenas num saco cheio de buracos, mole e delicado, sempre à procura de uma muleta. Ao juntar-me a Gala encontrei uma coluna vertebral e, ao fazer amor com ela, preenchi a minha pele. Ao assinar os meus quadros Gala-Dali não fiz mais do que dar um nome a uma verdade existencial, visto que sem o meu gémeo Gala não existiria de modo algum.»
1 comentário:
“Só há uma diferença entre o louco e eu. O louco pensa que está são. Eu sei que estou louco”
esta é a verdadeira afirmaçao dele...
Enviar um comentário