sábado, fevereiro 25, 2006

"A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco"

«Se morro, nunca morrerei totalmente», disse Salvador Dali, o mais genial pintor do surrealismo, a minha corrente artística favorita. Um génio e um louco… Uma vida neurótica e demente e ao mesmo tempo artística e criativa. Representa, com a sua vida e pinturas, a verdadeira essência do Surrealismo, ou seja relações entre coisas sem nexo, a apologia do absurdo, da crítica e da imaginação sem limites, a tradução da vida psíquica na arte.
Um homem controverso, que se demarcou dos restantes artistas da corrente por não compartilhar a orientação política que lhe era comum, o marxismo. Pelo contrário, Salvador Dalì considerava-se anarco – monárquico e quando foi rejeitado pelos surrealistas afirmou: «A única diferença entre mim e os Surrealistas é que eu sou Surrealista»
Por fim, não se pode falar de Dali sem referir a grande paixão por Gala, a sua musa inspiradora, com a qual se casou duas vezes, primeiro numa cerimónia civil e muitos anos depois numa cerimónia católica romana. Esta mulher foi por ele descrita como quem conseguiu dar a ordem que faltava à sua vida: «Eu existia apenas num saco cheio de buracos, mole e delicado, sempre à procura de uma muleta. Ao juntar-me a Gala encontrei uma coluna vertebral e, ao fazer amor com ela, preenchi a minha pele. Ao assinar os meus quadros Gala-Dali não fiz mais do que dar um nome a uma verdade existencial, visto que sem o meu gémeo Gala não existiria de modo algum.»

A sua autobiografia, em jeito de caricatura: A Vida Secreta de Salvador Dali, vai ser, certamente, a minha próxima leitura.

Mais informações aqui, aqui e aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

“Só há uma diferença entre o louco e eu. O louco pensa que está são. Eu sei que estou louco”


esta é a verdadeira afirmaçao dele...