Esta "mordidela" nao tem nada a ver com este post e tudo a ver com o dia de hoje. Espero que gostes:
1 - http://www.youtube.com/watch?v=XVj5v6JKsAU
2 - This one is just for laughs: http://www.youtube.com/watch?v=pKQbg19VvY8&feature=related
3 - Embora esta versao seja relativamente nova, esta cancao foi sempre uma das minhas favoritas - e, ultimamente, muito relevante. A legenda deixa um tanto a desejar, mas entende-se bem. De uma mulher de meia-idade para um homem de meia-idade: http://www.youtube.com/watch?v=7HqwPsEhClU
Ainda bem que gostaste. Acreditas que ainda me lembro de fazeres 14 e 15 anos?
As vezes lembro-me de certas coisas, pessoas e emocoes como se fosse ontem, mas depois faco as contas aos anos e fico parva. Da a impressao de estar no meio de um furacao a ver o tempo a passar…e a cabeca a andar a roda. Nao sei se o mesmo se passa contigo, mas parece-me incrivel ja termos esta idade.
Com toda a franqueza, até há pouco tempo, a vida e a energia pareciam-me coisas elásticas, inesgotáveis. Mas, o corpo começa a dar de si e à minha volta irrompem as histórias de doença, sofrimento, morte, desilusão. Chego àquele ponto em que olho para trás e vejo pais fracos, protecção inexistente e, pela frente, tenho todas as tempestades da vida que tenho de enfrentar sózinho, com os meus próprios recursos. Felizmente vão sendo suficientes... Creio tratar-se de síndrome da meia-idade. Corpo que fraqueja, passado que fica cada vez mais passado, ciclos que se fecham, outros que se abrem com sangue novo e ideias novas. Ainda bem. É só a vida... Não sou do género de viver noutro tempo e noutro lugar, mas não perco as raízes da minha identidade e guardo com carinho o que de bom já se passou, procurando que de bom se passe ainda muito mais.
Lembro-me perfeitamente da tua familia. Infelizmente, a unica coisa que eu posso fazer e’ desejar as melhoras e, a ti, muita forca, coragem e saude para poderes ir aguentando o barco. Mas nao te deixes ir abaixo.
Nao es o unico, tudo o que relatas e’ proprio da nossa geracao, e quando ha sogros e tios idosos que nunca tiveram filhos os fogos e as tempestades multiplicam-se – alias, recordo-me dos meus pais passarem pelo mesmo com os meus avos, dos meus primos mais velhos (que sao muitos) passarem pelo mesmo com os meus tios e nos para la caminhamos…a passos largos. C’est la vie.
Quanto ao resto, acho que tens a atitude certa. Alias, eu tambem “guardo com carinho o que de bom ja’ se passou” mas isso nao implica que guarde com rancor ou ressentimento o menos agradavel, pois acho que e’ com esses momentos e experiencias que aprendemos as maiores licoes da vida – mesmo que, por vezes, isso demore decadas… E e’ por isso que, embora nao viva nele, no meu caso “o outro tempo” tem muito a ver com o que sou hoje.
Tu chamas-lhes “ciclos” eu chamo-lhes “chapters” (capitulos), mas vai tudo dar ao mesmo: fecha-se uma porta, abre-se outra e aprende-se muito.
“just know you’re never alone (…) every road is a slippery slope but there’s always a hand you can hold on to.” – Jason Mraz
Hang in there, old friend. (e "que de bom se passe ainda muito mais")
5 comentários:
Esta "mordidela" nao tem nada a ver com este post e tudo a ver com o dia de hoje. Espero que gostes:
1 - http://www.youtube.com/watch?v=XVj5v6JKsAU
2 - This one is just for laughs: http://www.youtube.com/watch?v=pKQbg19VvY8&feature=related
3 - Embora esta versao seja relativamente nova, esta cancao foi sempre uma das minhas favoritas - e, ultimamente, muito relevante. A legenda deixa um tanto a desejar, mas entende-se bem. De uma mulher de meia-idade para um homem de meia-idade: http://www.youtube.com/watch?v=7HqwPsEhClU
Um abraco, old friend!
Obrigado Teresa. Deixaste-me desarmado... Um grande, grande abraço :-)
Ainda bem que gostaste. Acreditas que ainda me lembro de fazeres 14 e 15 anos?
As vezes lembro-me de certas coisas, pessoas e emocoes como se fosse ontem, mas depois faco as contas aos anos e fico parva. Da a impressao de estar no meio de um furacao a ver o tempo a passar…e a cabeca a andar a roda. Nao sei se o mesmo se passa contigo, mas parece-me incrivel ja termos esta idade.
Com toda a franqueza, até há pouco tempo, a vida e a energia pareciam-me coisas elásticas, inesgotáveis. Mas, o corpo começa a dar de si e à minha volta irrompem as histórias de doença, sofrimento, morte, desilusão. Chego àquele ponto em que olho para trás e vejo pais fracos, protecção inexistente e, pela frente, tenho todas as tempestades da vida que tenho de enfrentar sózinho, com os meus próprios recursos. Felizmente vão sendo suficientes... Creio tratar-se de síndrome da meia-idade. Corpo que fraqueja, passado que fica cada vez mais passado, ciclos que se fecham, outros que se abrem com sangue novo e ideias novas. Ainda bem. É só a vida... Não sou do género de viver noutro tempo e noutro lugar, mas não perco as raízes da minha identidade e guardo com carinho o que de bom já se passou, procurando que de bom se passe ainda muito mais.
A quem o dizes, Miguel!
Lembro-me perfeitamente da tua familia. Infelizmente, a unica coisa que eu posso fazer e’ desejar as melhoras e, a ti, muita forca, coragem e saude para poderes ir aguentando o barco. Mas nao te deixes ir abaixo.
Nao es o unico, tudo o que relatas e’ proprio da nossa geracao, e quando ha sogros e tios idosos que nunca tiveram filhos os fogos e as tempestades multiplicam-se – alias, recordo-me dos meus pais passarem pelo mesmo com os meus avos, dos meus primos mais velhos (que sao muitos) passarem pelo mesmo com os meus tios e nos para la caminhamos…a passos largos. C’est la vie.
Quanto ao resto, acho que tens a atitude certa. Alias, eu tambem “guardo com carinho o que de bom ja’ se passou” mas isso nao implica que guarde com rancor ou ressentimento o menos agradavel, pois acho que e’ com esses momentos e experiencias que aprendemos as maiores licoes da vida – mesmo que, por vezes, isso demore decadas… E e’ por isso que, embora nao viva nele, no meu caso “o outro tempo” tem muito a ver com o que sou hoje.
Tu chamas-lhes “ciclos” eu chamo-lhes “chapters” (capitulos), mas vai tudo dar ao mesmo: fecha-se uma porta, abre-se outra e aprende-se muito.
“just know you’re never alone (…) every road is a slippery slope but there’s always a hand you can hold on to.” – Jason Mraz
Hang in there, old friend.
(e "que de bom se passe ainda muito mais")
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