segunda-feira, abril 20, 2009

Boys and girls à beira de um ataque de nervos

E se houvesse uns rapazinhos e umas rapariguinhas já a fazer contas à vida em relação ao pós-Outubro? A colocar-se bem à frente para apanhar uns tachos do bloco central dos interesses porque sabe deus o que é que o maluco do povo vai decidir... E mesmo que decida bem, sabe deus o que é que passa pela cabecinha do engenheiro (que a tem, o malvado...). Com ou sem maioria absoluta, há que refrescar a galeria, dar oportunidade aos famintos que se perfilam à esquina há tanto, tanto tempo. Depois de tanta devoção à Pátria encontra-se um tipo na contingência de ficar com uma mão atrás e outra à frente, a pedinchar as migalhas de um regime ingrato que não reconhece o trabalho árduo pelo interesse nacional. Não parece justo! No entretanto, que se lixe o desenvolvimento e a produtividade e as reformas estruturais e a oposição fedorenta. Afinal de contas, os inimigos de hoje podem vir a ser preciosos amigos de amanhã... para resolver as nossas urgências de desempregados de uma política impiedosa. Como se permite o país desperdiçar tanto talento e tanta dedicação... Quais boys qual carapuça! O que interessa é o serviço à colectividade que não deve conhecer cores políticas. Ele há países civilizados com administração pública independente e profissional. Uma casta de iluminados com espírito mais ou menos franciscano que se entregam de corpo e alma à coisa pública, fiéis servidores de quaisquer individualidades plebiscitadas pelo povo soberano, com a legitimidade do voto democrático. Para esses só a competência conta, avaliada em concursos rigorosos, imparciais e objectivos. Tá-se mesmo a ver!...

1 comentário:

Gonçalo Rodrigues disse...

No pais em que estamos, prefiro um mau primeiro-ministro que controle a oposicao e os meios de comunicacao social do que um bom que nao controle coisa nenhuma. E' triste mas so assim se consegue governar neste pais. Isso o engenheiro sabe fazer e por isso nao sei se nao votarei nele. (e eu nem sou das cores politicas dele).