segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Sarkozy again

Depois de uma ascensão fulgurante que culminou na eleição como Presidente da Republica de França no ano passado, Nicolas Sarkozy tem caído em desgraça, com as sondagens a revelar que apenas uma decrescente minoria continua a apoiá-lo. As causas são múltiplas, em termos de “gaffes”, mas mais ou menos uniformes na substância. Sarkozy brincou com o fogo, dessacralizou o poder, desafiou as instituições da Republica, misturou vida pública com vida privada. Desempenhou as suas funções nas revistas cor-de-rosa. Exibiu hiperactividade sem correspondência nos resultados concretos da política. Ora, isso funciona para cima quando os sinais são positivos, mas funciona cruelmente para baixo se a coisa começa a dar para o torto, o que tem sido o caso desde há vários meses: divórcio de Cecília; casamento menos de 3 semanas depois com a modelo e actriz Carla Bruni; SMS mandado posteriormente à ex-mulher a dizer que podia tudo voltar atrás se ela quisesse; nomeação do filho como candidato a Presidente da Câmara de Neuilly (nos arredores de Paris), contra a vontade de uma grande parte do partido; no último fim-de-semana, insulto tonitruante a um visitante do Salão da Agricultura de Paris que se tinha recusado a apertar-lhe a mão; divergências vindas a público com membros da “entourage”, etc. etc.

Pobre Sarkozy: tornou-se uma espécie de “clown” ou “guignol” da política francesa e europeia…

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