A homosexualidade é uma tendência natural cuja expressão é permitida ou inibida pelo contexto social e familiar.
A tortura dos homosexuais resulta da fractura entre a sua tendência e os valores dominantes a que de alguma forma continuam a obedecer. Essa tortura desaparece quando passa a existir harmonia entre valores e opção sexual.
O sexo tem uma centralidade particular para os homosexuais, mais do que para os heterosexuais. É estruturante. Nalguns casos transforma-se numa verdadeira “actividade”, no sentido de que ocupa um espaço desmesurado no conjunto das actividades da vida. Há homosexuais para quem o sexo se torna obsessivo e compulsivo, levando a uma grande promiscuidade que se organiza de maneira sistemática, designadamente, à volta de clubes e bares mais ou menos restritos. A estabilidade das relações homosexuais em torno de afectos seria uma maneira mais construtiva e equilibrada de viver a homosexualidade.
Apesar de terem razões para se demarcarem e para fazerem da sua causa uma bandeira – porque de uma causa se trata considerando a discriminação que têm sofrido – os homosexuais só teriam a ganhar se não tivessem a sua opção sexual inscrita na testa. A grande solidariedade e força dos homosexuais deriva da resistência à hostilidade ambiente, real ou imaginária. Em sociedades mais cultas, urbanizadas e tolerantes essa resistência não é tão necessária e os homosexuais vivem a sua sexualidade de forma mais banal, individual e espontânea.
Não se pode pedir aos homosexuais um comportamento perfeito – como pode estar implicito nalgumas das frases anteriores – pela simples razão de que são humanos. E, de resto, os heterosexuais não se podem gabar de muito maior probidade.
Os homosexuais não deveriam reagir aos preconceitos de que são vítimas com hostilidade contra os heterosexuais. Mas, mais uma vez, pode estar-se a pedir uma perfeição que não existe. O que chateia é passar a ser visto como “bota de elástico” ou retrogrado por não se fazer parte do “clube”. É como se o mundo ideal fosse um mundo ao contrário, isto é, em que a regra devesse ser a homosexualidade e a excepção a heterosexualidade.
A homosexualidade não pode ter o monopólio da criatividade, da sensibilidade, do afecto, da delicadeza. Todas as outras pessoas seriam em princípio privadas dessas qualidades... E não me venham com os exemplos hiper-publicitados de artistas e intelectuais de grande valor que são homosexuais. Não devemos todos passar a ser homosexuais para ter valor e para nos sentirmos alguém de positivamente especial.
O lobby gay é forte e protege-se de maneira eficaz, nomeadamente nos meios financeiros. A “descriminação positiva” (legitimada pelas desvantagens criadas pela ordem heterosexual dominante) já vai ao ponto de criar quotas especiais para recrutamento de homosexuais...
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