Actualmente, toda a gente fala de bio-combustivel, uma putativa solução miraculosa para os problemas energéticos e ambientais. Ora, é preciso acrescentar o seguinte :
1) pelo menos uma parte da terra dedicada à produção de plantas para produzir combustível é retirada à produção de alimentos ; o risco de escassez e de consequente aumento dos preços dos alimentos é bem real (clicar no título) ;
2) para evitar o efeito do ponto anterior, pode-se transformar superfícies até agora florestais em superfícies de cultura intensiva de plantas para produção de combustível ; mas, o impacto ambiental de uma tal re-afectação de recursos é extremamente negativo ;
3) o custo actual de produção do bio-combustível é competitivo se (a) o preço do petróleo se mantiver tão elevado como nos últimos 6-12 meses e (b) não se desenvolverem outras alternativas económicas ao petróleo.
Dito isto, é curiosa nesta matéria a convergência (certamente casual...) entre os ambientalistas e os interesses das companhias petrolíferas, ciosas do seu negócio tradicional, pelo menos no curto prazo. Apesar de que, mesmo as petrolíferas, parecem converter-se ao bio… (veja-se a colaboração entre a Petrobras e a Galp anunciada ontem com pompa e circunstância).
quinta-feira, julho 05, 2007
BIO-...
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