Um texto que tinha de escrever.

Hoje o Google homenageia Joan Miró pelo 113º aniversário do seu nascimento. Este pintor e escultor espanhol, apesar de estar enquadrado no surrealismo, distinguiu-se dos demais da sua corrente pela visão singular que deixava transparecer através das pinturas que deixou. Com efeito, Miró rejeitava o mundo complexo dos adultos, representando a realidade através de uma perspectiva mais infantil, ou seja, com um olhar básico, inocente e colorido. Aliás, consegue transmitir uma linearidade impressionante quando se refere a conceitos altamente abstractos.

“Conheci” Miró, aos 6/7 anos numa exposição e, enquanto criança, foi facílimo conseguir identificar com aqueles traços tão familiarmente simples, animados e expressivos. Além disso, o surrealismo sempre me fascinou e, quem me conheça sabe que é a minha corrente de eleição, portanto, através deste parágrafo consegue-se perceber a razão do título deste post.

Por fim, resta-me deixar uma opinião acerca da arte em geral e da corrente em que Miró se filiava em particular… Acho que, mais do que analisar ou interpretar, que usar conceitos e ideias complexas para explicar a estética das obras, há que as observar e sentir a mensagem que transmitem. Tal como este artista, que optou pela simplicidade infantil em detrimento das confusões que o universo dos adultos cria.