sábado, maio 11, 2013

Animais de estimação

Adoro animais. Se pudesse tinha uma quinta com cães, gatos, papagaios, um lobo, um tigre, um tanque de peixes e muitos passarinhos. Mas a minha realidade, infelizmente, é outra. E como não suporto ver animais presos (ou por trelas ou em cativeiro) isso nunca acontecerá. Tive sempre animais de estimação; em criança eram sempre cães vadios que apareciam lá no terraço sebentos, mal-cheirosos e esfomeados e acabavam por morrer felizes, frequentemente em idade avançada, limpinhos e de papo cheio. Há 17 anos atrás apareceu-me no quintal um gato, também esfomeado, que tinha sido abandonado por um vizinho; dei-lhe de comer, levei-o ao veterinário...e até hoje.
Possuir um animal de estimação é um compromisso enorme e, frequentemente, para a vida inteira; por exemplo: quem gostar de papagaios que se lembre que esta ave super-inteligente tem uma expectativa de vida de 80 anos, um gato caseiro cerca de 20 e que um cão dura cerca de 12 anos.
E quem pensa que se deve deixar um cão preso durante todo o dia que se  desengane. Mais do que nós, os cães precisam de exercício físico para se manterem calmos. Experimentem ter um cão preso horas a fio e depois soltem-no, para ver se o bicho não fica louco.  Custa-me muito ver cães todo o dia enfiados dentro das suas casotas com uma corda ao pescoço e um olhar que mete dó.

Ter um animal de estimação dá muito trabalho. Tal como as crianças, devem ser educados desde pequeninos e devem ser levados à escola para que aprendam bons hábitos; e tal como os petizes, também precisam de ter quem os lave, quem lhes limpe as “necessidades”e quem lhes passe uma escova pelo pêlo, para que este fique lustroso e não pareça um ninho de ratos. Sobretudo cães, que têm tanto prazer em agradar aos seus donos, verdadeiras fontes de amor incondicional. Infelizmente, ainda existe um grupo muito grande de pessoas que pensam que basta dar de comer ao bicho para que este seja bem tratado.
Também há que lembrar que eles não ficam pequeninos para sempre e que, tal como os humanos, podem deixar de ser fofinhos e tornar-se uns velhos rabugentos cheios de maleitas; tal como os idosos não devem ser abandonados, também os animais de estimação não devem ser postos aos deus-dará. E tal como os seus donos, eles também precisam de mimos e atenção. Em troca recebemos amor incondicional - um tradeoff que, por si só, valeria bem a pena, não fosse uma miríade de outros benefícios.
Há estudos científicos que falam nos beneficios, para a saúde, de ter um animal de estimação: reduzem o stress, a tensão arterial, o colesterol e triglicerídeos (por outras palavras, fazem bem ao coração); reduzem a depressão e ainda o risco de alergias nas crianças (em princípio contra-intuitivo mas acontece que, com a convivência, as crianças desenvolvem um sistema imunológico mais forte; o mesmo já não acontece nos adultos que já sofrem de alergias). Há, inclusivamente, organizações que levam cães a lares de idosos e outras que os treinam para detectar doenças (cancro, hipoglicemia e ataques de epilepsia, entre outras). Não servem só para assustar estranhos, para detectar bombas, droga e cadáveres, ou para servir de olhos a quem não tem vista. Resumindo: se bem tratadinhos, os animais de estimação melhoram a qualidade de vida dos seus donos.
 
This is just plain wrong!
Name:  catinstroller.jpg
Views: 2026
Size:  33.1 KB
And this one is just atrocious and it defeats the purpose
Tudo isto a propósito do post anterior que me pôs a pensar.

1 comentário:

Jorge Ramiro disse...

Haha, que é hilário. Eu me lembro que quando eu comprei o meu cão, para mim, foi o mesmo, ele não obedecia nada. Então eu tive que enviar um adestramento de cachorro.