“At the time the Dafur conflict was in the news, I learned that these atrocities, as tragic as they were, accounted for only a fraction of the war, famine, and disease on the Democratic Republic of Congo alone. I took a year or two to educate myself travelling to the region and meeting with local academics, politicians, and survivors. It became clear that the people of eastern Congo needed funds to start businesses, create trade schools, and establish organizations to better educate women. I felt it was important to alter the perception that Africa is a continent of starvation, potbellies, and helplessness. I never saw any of that. In fact, I saw the opposite. “vengefulness”? No – actually quite forgiving. “Lazy”? Industrious. “helpless”? Eager to learn and help the communities. So I founded ECI, an advocacy and grant-making initiative that supports Congolese organizations dedicated to building sustainable communities. It has been inspiring to see a classroom of kids excited to answer questions and to meet a woman who’d once been a sex slave but is now studying law. The people in this part of the world have overcome horrible things like rape, imprisonment, and disfigurement. Their passion for life is what makes me believe change is possible.”
Não recomendo passarmos a vida com a cabeça enterrada na
areia como a avestruz, acho que criticar o que está mal é saudável e que tomar
uma atitude proactiva é sempre de louvar, mas será que temos mesmo razão para
refilar tanto? Há uns tempos atrás houve uma sondagem que comparava os índices
de felicidade entre vários países do Mundo. Este estudo concluía que a America
é o país com maior taxa de depressão, que os países
escandinavos têm as maiores taxas
de suicídio e que é em África onde
existem as taxas mais baixas de depressão. Isto faz pensar. A conclusão que esta
leiga tira é a seguinte: 1-) Um elevado nível de vida não implica,
necessariamente, felicidade; 2-) Factores genéticos ou desequilíbrios de certas
substâncias químicas no cérebro à parte, os ocidentais dão demasiada importância
ao materialismo (a coisas que, no fundo, não valem um tostão furado) e pouca importância
às pequeninas coisas da vida e ao que, realmente, é importante. A lufa-lufa quotidiana, o stress, o passar a vida às voltas como uma galinha
sem cabeça, a inveja, a ganância, a luta desenfreada pelo poder, o pensar que a
"relva é mais verde do outro lado do rio"...são apenas algumas das
ratoeiras em que muitas vezes caímos. Eu acho que antigamente as pessoas eram
mais felizes. É verdade que havia muito mais pobreza, a vida era muito mais árdua,
mas acho que as famílias eram mais unidas e a vida mais simples. Eu cresci no
seio de uma família onde tanto o pai como a mãe trabalhavam mas que, mesmo
assim, vinham a casa almoçar – não é como agora. Lembro-me de haver tempo para
comer sopa, 2°prato, fruta e ainda beber um copito de vinho e um café. Hoje em
dia, o que vejo são pessoas a engolir uma sandes e um café enquanto sentadas à
secretária em frente do computador; hoje em dia, tirar “coffee breaks” ou
“lunch hours” é muito mal visto. Hoje em dia, quanto mais conveniências há (portáteis;
telemóveis; carros próprios, etc. etc. etc.) maior a azáfama e mais cancro,
AVCs, ansiedade, irritabilidade e agressão parece haver. E mais individualistas
e indiferentes as pessoas parecem ser.
Quando eu era
criança, os adultos eram uns “chatos” por quanto que mostravam interesse sobre
o que se passava no colégio; os pais faziam questão de saber como tinha sido o
meu dia, de falar com a minha professora e de ver os TPCs que, naquele tempo, chamávamos
“deveres”; quando eram horas de brincar saltava o muro e ia à procura de outras
crianças da minha idade, só havia uma televisão e não era no quarto de ninguém
e nessa televisão só se podia ver um canal e era só à noite e tinha que ser
antes das 23:00 horas quando vinha o Hino nacional - but I digress. Quando eu
era criança um “tweet” era o som que os passarinhos faziam, não uma frase
(obrigatoriamente) curta sobre a vida ou opiniões de cada um. Quando eu era
criança as pessoas que estavam longe comunicavam por telefone, ou escreviam
cartas umas às outras. Que diferença dos dias que correm! Hoje em dia, com o
Facebook, SMS, Twitter, online shopping, online banking, online dating, etc., as
pessoas parecem ser cada vez mais distantes e as relações cada vez mais
superficiais; passar histórias de geração a geração (que enriqueceu tanto a
vida de certas crianças) parece ser, hoje, uma raridade – quem é que tem tempo?
Quando eu era
criança estas modernices não existiam e, no entanto, a vida parecia mais calma.
Alguém ainda duvida da lei “The Law of Diminishing Returns?” (um conceito de
microeconomia que, desculpem, não sei como se diz em português). Tudo isto em
busca de que El Dorado?
Por vezes este mundo em que vivemos
faz-me lembrar uma chaleira com água já a ferver que ficou esquecida em cima do
fogão. Se não apagamos rapidamente o gás vamos ter uma grandessíssima bagunça
para limpar; os recentes conflitos no Médio
Oriente, então, assustam-me como nenhuma outra altercação até agora. Por vezes,
a minha vontade era ir viver para uma comuna de hippies ou para a Amazonia
entre os indígenas (aqueles que o meu livro de História
do 1° ano do Ciclo Preparatório designava de “primitivos actuais” e de quem, na
altura, eu tinha pena, mas que agora por vezes invejo). Com cada
ruga e cabelo branco, cada vez dou menos valor a "coisas" e mais ao
que realmente importa, como relações interpessoais, com a natureza e com outros
seres vivos. E estou mais que farta de ter que trabalhar para "o
sistema". Contudo, admiro quem se
sente útil ou realizado dentro do dito sistema.
E admiro ainda mais todos aqueles que têm coragem para mandar
“o sistema” ao outro lado e fazer o que, realmente, lhes dá gosto e prazer.
Claro que
antigamente nem tudo eram rosas e que agora há coisas muito melhores, não é
disso que estou a falar. Tudo isto veio a propósito do texto de Ben Affleck que
me fez lembrar os queixumes e lamúrias com que me deparo todos os dias e me pôs
a pensar. Fico-me por aqui antes que me
apareça alguém pela frente com um colete de forças. Já estou
como o Melga aí dessa banda, “My thoughts are like leaves in autumn…”
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