Those who know me (fairly) well know that there are two things
near and dear to my heart, and someone I know (very) well goes as far as
calling it an obsession; those two things are: education and the
environment.
Este artigo fez-me
lembrar uma loja que havia numa daquelas ruelas da Praça do Comércio onde
meninas minhas contemporâneas levavam as bonecas decapitadas, desmembradas,
ou sem olhos para virem de lá como novas. Também me recordo de a minha mãe
levar meias de vidro rotas (como eram então chamadas, agora não sei se têm
outro nome) a arranjar numa loja que ficava na Rua Alexandre Herculano. E ainda
sou do tempo em que malas, sapatos e botas de couro iam a concertar ao senhor Pina,
o sapateiro no rés-do-chão lá do prédio. Depois as pessoas começaram a ter mais
dinheiro e ficaram sem tempo nem paciência para minúcias deste tipo. O país
entrou então numa fase em que o que era novo é que era bom e até edifícios antigos, com bastante
valor histórico e arquitectónico, ou foram demolidos ou deixados à sua própria
sorte. Pena. Quando deixei Coimbra as
meias de vidro com buracos passaram a ir para o lixo; o sr. Pina viu-se forçado
a arranjar outra profissão e o Hospital das bonecas penso que também deixou de
existir. Era o início da sociedade de consumo de hoje.
Este artigo também me fez lembrar uma entrevista
que vi, na televisão americana, a Paul Newman (PN) Como quase todas as entrevistas a “estrelas de
Hollywood” as perguntas foram, predominantemente, de carácter “cor-de-rosa” e
sem grande substância, mas uma resposta ficou-me, para sempre, na memória.
Quando lhe perguntaram qual o segredo do sucesso do seu casamento com Joanne Woodward PN respondeu qualquer
coisa como (paraphrasing here): “while in
today’s society most people throw away a toaster that does not work, we repair
that toaster.” Isto numa altura
em que ainda pouco se falava em reciclagem; quando “terrenos ecologicamente
destruidos” ainda era um conceito mais ou menos obscuro; e quando “verde” era apenas uma das cores do arco iris.
Não sei porquê mas, apesar de na altura ainda não estar completamente preparada
para ouvir aquela pequenina frase, lembro-me de gostar do que ouvi e de pensar
que tinha que fazer um esforço para me lembrar do que ele disse porque, um dia,
iria compreender melhor. E o certo é que nunca mais me esqueci; estávamos, então,
em Agosto de 1980 e eu ainda pertencia ao grupo dos “teenagers” - mas, apesar
disso, foi uma frase que me marcou.
Who would have guessed that, someday, this little phrase
with more than one meaning would mean so much to me?
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