sábado, agosto 04, 2012

Os melhores conselhos sobre relações matrimoniais vêm dos próprios divorciados

É esta a conclusão de um estudo publicado por Terri L. Orbuch, PhD no livro "Finding Love Again"  (o que aliás não me admira, pois não há nada como aprender com os próprios erros e cabeçadas). Orbuch começou este estudo longitudinal em 1986, seguindo quase quatrocentos recém-casados; hoje, 46% estão divorciados e a grande maioria “deita as culpas” para os mesmos problemas:

1 – Dinheiro (money) O problema principal. Porque o que é importante para um nem sempre é importante para o outro surgem, frequentemente, desacordos e discussões sobre a maneira mais eficaz de repartir e gastar o que, frequentemente, custa tanto a ganhar:  “6 out of 10 said they would not share living expenses in their next relationship.”

2 – Afecto (affection)Surpreendeu-me ler que os homens procuram afecto – não necessariamente sexo – ainda mais do que as mulheres. Diz Orbuch, “(…) men crave feeling special and being noticed by their wives.”  Porquê? Bem, aparentemente, porque “Women (…) get this kind of affirmation from more people in our lives, our mothers, children, our best friends — so women tend to need less from husbands.”  Mais uma vez, fiquei admirada com esta frase, porque sempre vi mães a darem mais afecto e carinho aos filhos do que às filhas – mas também reconheço que nem todos tivemos (ou presenciámos) as mesmas experiências. De qualquer maneira, gostei de tomar conhecimento deste “factóide”; não gosto de “pieguices”  nem de “neediness” a mais (tudo tem limites) mas, ao contrário de machismos (ou “síndrome” deMr.Tough Guy”, que abomino), acho vulnerabilidade e sensibilidade incrivelmente sexy num homem.

3 – Culpa (blame and guilt) Este, para mim, é dos piores e mais difíceis de evitar. É demasiado fácil deitar as culpas para cima do outro e não assumir responsabilidade. Cada história tem sempre, pelo menos, dois lados...e a verdade encontra-se, frequentemente, no meio. Infelizmente, em momentos de exaltação, raramente nos lembramos disso. Igualmente mau é passar o resto da vida a culparmo-nos a nós próprios por decisões tomadas ou palavras proferidas que há muito deviam estar a fazer tijolo. Orbuch diz o seguinte, Those who found blame in factors such as being incompatible or too young experienced less anxiety, insomnia, and depression than those who blamed their former partner or themselves for a break-up. Examine what went wrong in the relationship instead of assigning individual blame, and think about how you can resolve conflict better next time.”  Plenamente de acordo, Dr. Orbuch! 
4 – Comunicação (communication)Orbuch sugere reservar 10 minutos por dia para conversar sobre tópicos que não tenham a ver com trabalho, filhos, família (nada relacionado com assuntos de casa) e diz que o objectivo deve ser to reveal something about yourself and to learn something about your spouse (eu acho que é para isso que serve o namoro, mas enfim ... Porém, também reconheço que as pessoas mudam e que casais felizes são aqueles que evoluem na mesma direcção – and therein lies the importance of good communication skills). De acordo com este estudo, 41% de divorciados dizem que mudariam a sua maneira de comunicar e 91% de casais que se consideram felizes say they know their partner intimately” (é por isso que eu dou tanto valor à honestidade).
 5 Move On Requer deixar o passado onde ele pertence - no passado: “If you are irked by thoughts of your partner’s old boyfriend or girlfriend or of a fight that happened weeks ago, you might not be interacting in a healthy, positive way.”  E Orbuch vai mais longe: “people who felt neutral toward their ex were significantly more likely to find love after a divorce.”  Sim, é importante aprender com o passado, mas viver nele é nocivo, contraproducente e não leva a lugar nenhum. It’s important to let bygones be bygones.
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Quanto a mim, isto são tudo pormenores, pois na base destes problemas todos vejo apenas falta de compatibilidade e não saber discordar sem ter discussões (muitas vezes) ricas em gritos, amuos e faltas de respeito. Aí é que está o problema.

Isto, claro, é uma pequena amostra da realidade americana, mas penso que um estudo num outro país ocidential qualquer produziria resultados semelhantes.


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