sábado, maio 28, 2011

Um Soneto

Estas linhas preambulares visam contextualizar o poema que se segue no actual panorama apocalíptico do país.
Assim, gostaria que a minha crítica política, nele patente, fosse publicada de modo a tornar plural a perspectiva singular do "eu" poético, ante a importância do próximo acto eleitoral - pelo menos simbólica.
Em tempos de grande agitação social, um pouco por toda a Europa, seja este um gesto siamês do protesto da nossa vizinha Espanha, prenhe de autêntica e genuína LIBERDADE!



José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

Com mofo nas ideias vai dizendo
Verdades mentirosas com afã…
E o Luso Povo cala e vai comendo
A envenenada pútrida maçã.

Quem estes versos for ainda lendo,
Talvez enxergue o Sol pela manhã…
Senão, mais vale apenas ir morrendo
Na alarve súcia-lista de Satã.

Tantos anos de História azul e branca,
Onde o mar é do Céu abismo e espelho
E a rosa não floresce em letal punho!...

É tempo de soltar do Sonho a tranca
E dar a Portugal este conselho:
Um Abril também pode ser em Junho!


18 de Maio de 2011
Paulo Ilharco

2 comentários:

El Rey Ninguém disse...

Deveras! Belíssimo texto e com um inesgotável fundo de verdade!
Plenty of food for thought nestes versos geniais.
E se o país é também de poetas, do poema se faça arma, porque os tempos o exigem.
Há mais quem trilhe caminhos parecidos:

http://elreyninguem.blogspot.com/

Justas saudações!

Anónimo disse...

Porreiro pá!