terça-feira, fevereiro 15, 2011
Strong euro... against all odds
Porque será que a dívida soberana de certos países da União Europeia atravessa um período de grande turbulência e desvalorização, e que se levantam tantas dúvidas quanto à viabilidade de uma união monetária entre economias com tão profundas divergências e, ao mesmo tempo, o euro resiste notavelmente no mercado das divisas, designadamente contra o dolar? Não será o euro o simbolo máximo da robustez da economia europeia no âmbito da concorrência nos mercados internacionais de bens, serviços e capitais? Será que os cambistas deste mundo têm uma especial apetência para ver méritos onde outros vêem a iminência do colapso? A resposta talvez seja simples: países "indisciplinados" como a Grécia, Portugal ou a Irlanda não são indispensáveis ao dito projecto europeu que implica uma união monetária cuja trave mestra é o euro. Ou seja, a confiança no euro é essencialmente a confiança na Alemanha e na França que representam uma fatia gigantesca da União Europeia. A confiança no euro supõe a confiança no marco que ressuscitaria para suceder a um euro fracassado. Os cambistas acham que a fuga dos investidores (não europeus) à dívida dos "mal comportados" não tem massa crítica para provocar uma venda de euros em tais quantidades que possa implicar uma baixa substancial da cotação à revelia da balança de transacções correntes e de capitais do conjunto da União Europeia face ao resto do mundo. Isto é especialmente verdade num contexto de sub-avaliação das divisas dos chamados países emergentes.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário