Pessoas que prezam sobretudo a liberdade individual, que são avessas ao risco e que tiveram grandes decepções na vida têm maior probabilidade de ficar sózinhas. E tendem a aconchegar-se na solidão e a arranjar companhias parciais e temporárias que não deixam de ser importantes (convenientes) para enfrentar as agruras da vida e para interromper saudavelmente a solidáo. Em muitos casos trata-se de amigos. E ainda bem. Mas, fica alguma coisa a faltar e levanta-se uma melancolia nos olhos que vai ficando pegajosa. E teimosia e um esforço patético para legitimar as próprias razões (faz-me lembrar o filme de 1997 "As good as it gets" com Jack Nicholson e Helen Hunt...).
Assim sendo, nestas coisas não há leis ou regras gerais: cada criatura é um caso com histórias que não se repetem. Toda a tentativa de teorizar é condenada ao fracasso. "Cada cabeça sua sentença", "cada macaco no seu galho" e "quem bem faz a cama bem se deita nela", pelo que, mais uma vez, prova-se que a sabedoria popular é imbatível.
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