então vemo-nos muito longe, no infinito, na terra do que nunca aconteceu
da impossibilidade de que aconteça
e ainda bem !
sem consequências nem suores
rendidos à troca de olhares e de palavras que tolhem os músculos por alguns momentos
(só por alguns breves momentos)
que cobrem os olhos com uma cortina de veludo encarnado
desbotado
que nos prendem na ilusão do iminente que nunca virá
e ainda bem !
porque continuaremos a olhar o crepúsculo com a suave tristeza dos justos
de consciência tranquila
à espera de sol numa manhã que tememos
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