segunda-feira, julho 13, 2009

Futurologia política

O PS ganha as eleições legislativas sem maioria absoluta. Forma governo minoritário... também porque não há alianças entre outros partidos que sejam verdadeiras alternativas. As várias leis submetidas pelo governo do PS ao Parlamento são chumbadas pela oposição. O governo queixa-se de que não o deixam trabalhar, que a oposição é destrutiva e actua de má-fé (uma recauchutagem da teoria do complot). O governo arma-se em Calimero e a propaganda de demonização da oposição sobe de tom. A oposição não se apercebe da armadilha e continua alegremente o boicote. Até que o governo diz "basta", pede a demissão e (a) convocam-se logo eleições antecipadas ou (b) forma-se um governo entre partidos da oposição de curta duração, sem popularidade. Em qualquer caso, mais tarde ou mais cedo haverá eleições antecipadas e o PS, desgraçado por ser vítima dos vilões de esquerda e de direita, apresenta-se de novo ao eleitorado, ao mesmo tempo, como vítima e como salvador. E vai daí o povo rende-se (mais uma vez...) e dá-lhe maioria absoluta e regressam novas versões de Linos e de Lurdes.

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