segunda-feira, agosto 18, 2008
Estou farto dos Jogos Olímpicos
Estou farto desta mania de ser "number one". Estou farto desta obsessão pela competição. Estou farto desta histeria pelo pódio. Não sou contra a procura da perfeição, sou a favor do esforço para se conseguir mais e melhor. Não sou dos que elegem a preguiça como o estado supremo da felicidade. Mas daí até ao masoquismo do sucesso mediatizado vai um grande passo. E ainda por cima quando a disputa é inter-nacional, quando o "brio e o profissionalismo" de cada um de nós dependem do número de medalhas dos nossos heróis em Pequim. É uma espécie de guerra doce a que desfila nos nossos ecrãs todos os dias. Imaginem a pressão que se abate sobre aqueles drogados do sucesso, as expectativas de milhões de anónimos cidadáos que se projectam nos super-homens e super-mulheres caçadores de efémeras medalhas que representam o culminar de sacrifícios inenarráveis. E só conta o primeiro... por alguns dias ou meses. Tudo o resto é lixo em horário nobre rapidamente substituido por telenovelas. A não ser que se trate de "gigantes" como Mark Spitz, Sergei Bubka ou Phelps, o devorador insaciável de medalhas, besta travestida de Humano do Colorado.
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