Depois de ter estado à beira da bancarrota nos anos 80, o Brasil tinha no final de 2007, mais reservas cambiais do que dívida externa. Isto é, o país passou de grande devedor a credor líquido. A performance económica do Brasil é notável também no que diz respeito à inflação (à volta de 4%) e ao crescimento do PIB (5.25% em 2007). Por outro lado, apesar de se manterem enormes desigualdades sociais, os indicadores de pobreza têm evoluído favoravelmente. E tudo isso foi realizado, essencialmente, por governos de um Presidente (Lula da Silva) que os credores externos e, sobretudo, o FMI tanto temeram, aquando da sua eleição em 2003, acusando-o de ser de extrema-esquerda e populista.
Na minha modesta opinião, o sucesso da governação de Lula da Silva deve-se a dois factores principais: o pragmatismo da sua política, não querendo andar mais depressa no crescimento e no combate à pobreza do que a economia permite (assim, terá defraudado algumas expectativas da esquerda mais radical); um contexto internacional favorável, nomeadamente, no que se refere aos termos de troca (preço médio das exportações / preço médio das importações).
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