domingo, fevereiro 03, 2008
O Carlos de que se fala
Estou-me nas tintas para o Rei. Comia que nem um bruto. Desenhava umas coisas indescrítiveis com cavalos e barquinhos. Adorava o mar, pois claro... Fartava-se de pôr os palitos à Dona Amélia. Coitadas das concubinas que tinham de aguentar com tanta, real massa corpórea. Portugal era uma paisagem distante e o povo parte da decoração. Mas, andam para aí umas criaturas a fazer a reciclagem da personagem: que era muito culto, estrangeirado, sensível, amante das artes... Ora porra! Como se estava nas tintas para a governação, havia de passar o tempo a fazer alguma coisa. Também dizem que, bastava ter sido o último dos reis que começaram há 800 anos, para merecer respeito, para fazer parte da história nacional. Blá, blá... Tendo em conta a treta que fizeram esses fabricantes da gesta nacional (especialmente depois de D. João II e de D. Manuel I), não sei bem de que real grandeza deveriamos ser orgulhosos. O homem foi assassinado e isso não se faz a ninguém, mas daí a organizar comemorações republicanas desse malogro monárquico, não obrigado!
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