quarta-feira, janeiro 30, 2008
Chorar no escuro
Chorar de tristeza é banal. Chorar de alegria, de euforia de si mesmo é especial, exaltante. É como se subissemos a um pedestal feito só para nós, por nós, onde o público somos só nós. É como se nos enchessemos de nós próprios, de uma energia vinda toda de dentro. Bem sei que há demasiasdos "nós" em tudo isto. Há talvez demasiada, desesperada luta contra a solidão, com lágrimas gloriosas, heróicas. Mas, na vida, deve haver momentos assim. De preparação para batalhas onde é decisivo um diálogo prévio com o nosso outro, uma clarificação do que se quer e do que se vale. Um diálogo cheio de ecos. Livre é o homem que de si faz uma ideia independente da ideia que dele fazem os outros...
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