quinta-feira, novembro 22, 2007

Futebol... para variar

Os últimos jogos da selecção nacional de futebol AA, independentemente dos resultados finais, têm sido penosos. A equipa não joga bem, tarda em marcar, sofre nos últimos minutos, mesmo contra equipas teoricamente mais fracas. O que se passou ontem nas Antas (queria dizer... no Dragão!) foi mais um exemplo disso mesmo. No fim, a equipa apurou-se para a fase final do Euro 2008, ficando em 2° lugar no grupo, atrás da Polónia. E segundo a máxima (discutível) de que o que conta são os resultados finais, devemos estar contentes. Mas, diga-se a verdade: esta equipa não se pode comparar àquelas que se apresentaram no Europeu 2004 ou no Mundial 2006. É mais fraca, composta de jogadores medianos complementados por um ou dois génios individualistas-até-dizer-chega que jogam para as câmaras da televisão. E depois - e só depois - é que vêm os defeitos de um treinador arrogante e mal-educado que não quer reconhecer a evidência de que lhe pedem para fazer omoletas sem ovos. Se o reconhecesse seria mais desassombrado e útil do que saindo intempestivamente de uma conferência de imprensa, queixando-se de que o acusam de ser burro quando afinal a Finlândia é que não jogou o suficiente para justificar uma vitória sobre Portugal. O que é burro é dizer uma tal enormidade.

Seja como for, é apenas futebol e é de lamentar que o orgulho nacional (!) e o humor de tantos portugueses dependam dessas diatribes no dia seguinte a uma partida de futebol tão penosa... Portugal até dominou - basta olhar para as estatísticas do jogo... Mas, aquela proverbial incapacidade de concretizar e uma genética vulnerabilidade a uma bola fortuita e transviada que atraiçoa a mais elementar lógica de um jogo que a não tem... isso é que custa a aceitar e temo que continue no futuro, dada a fundamental mediania da equipa.

Consolemo-nos com a desdita da equipa inglesa que, perdendo em casa contra uma grande Croácia, nem sequer se qualificou para a fase final, concedendo essa inesperada benesse à Russia. A propósito, o treinador foi imediatamente despedido.

Quem continua a demonstrar uma eficácia irrepreensível são os italianos, os franceses e os espanhóis... e os gregos...

Sem comentários: