domingo, maio 06, 2007
Sarko
Sarkozy, o filho de imigrantes húngaros, ganhou hoje as presidenciais francesas com 53% dos votos contra 47% de Ségolène Royal, resultados próximos das mais recentes sondagens. A abstenção foi de novo muito baixa. A principal explicação (estatística) para a vitória de Sarkozy (35% na 1a. volta) foram os votos dos eleitores de Le Pen (11% na 1a. volta). Efectivamente, 66% votaram Sarkozy na 2a. volta, 15% votaram Royal e 19% abstiveram-se. Le Pen tinha apelado a uma abstenção maciça... Quanto aos eleitores do "centrista" Bayrou (19% na 1a. volta) distribuíram-se igualmente pelos dois finalistas: 40% Sarkozy, 40% Royal e 20% abstiveram-se. No discurso logo após o anúncio dos resultados, Sarkozy disse que os valores da sua presidência serão: o trabalho, a autoridade, a moral, o respeito e o mérito... Enalteceu o amor pela Pátria: "os franceses têm de ser orgulhosos do seu país" (ainda mais?). Declarou a sua simpatia pelos Estados Unidos e a necessidade de estreitar ainda mais as relações entre a França e aquele país. Apelou a uma cooperação reforçada da Europa com os países do Norte de África e ao desenvolvimento do Mediterrâneo como espaço geo-político cada vez mais central. Apropriou-se de um dos temas favoritos da sua adversária, dizendo querer defender as mulheres em todas as situações em que sofram de marginalização ou submissão ("fim às burkas", proclamou).
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2 comentários:
Então e as outras eleições? Ninguém fala do Jardim??
O Jardim é Idade Média com folclore à moda da Madeira, pago pelos contribuintes continentais e europeus. O Senhor compra a fidelidade dos Servos com benesses e obras públicas e os Servos não são ingratos e votam onde é preciso (até agora, uma maioria tem ganho com o sistema...). Como se dizia hoje no telejornal da RTP, não há quase nenhuma família madeirense sem um ou mais membros assalariado(s) do governo regional. Em resumo, a vitória esmagadora de Jardim é perfeitamente natural e explicável (a) pelas mudanças radicais na economia (pública) da ilha, (b) pela súbtil repressão de muitos cidadãos através do tráfico e chantagem dos interesses e (c) (justiça lhe seja feita...) pelo carisma e desaforo do próprio Jardim.
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