sábado, fevereiro 24, 2007

Odette

Fui ver ontem o filme "Odette toulemonde", o primeiro do escritor francês Eric Emmanuel-Schmitt. Um filme na linha de "Amélie" ou "Le bonheur est dans le pré".

Um filme para românticos e ingénuos sobre a simplicidade de ser feliz. Uma banal vendedora de centro comercial ("rayon cosmétiques"), de Charleroi, na Bélgica, um dos sítios mais cinzentos e deprimentes do mundo, meia-idade, viúva há muitos anos, mãe de dois filhos adolescentes demasiado alinhados com o tempo, amante de coisas kitch e de romances mais ou menos de cordel que falam de pessoas solitárias à procura de um amor impossivel - Odette chama-se a heroína - demonstra a um escritor de Paris, autor dos romances de que se preenchem os sonhos de Odette, em crise de inspiração, existencial e conjugal, como é fácil viver a própria vida, sem seguir modelos de felicidade impostos pela vida dos outros. O escritor, Balthazar Balsan, renuncia aos sofismas e armadilhas em que se enrolava o seu quotidiano, segue o coração, indo viver com a vendedora de cosméticos, escrevendo um novo livro, "La vie des autres", que dedica com ternura a Odette...

Aconselham-se Kleenex a donas de casa, encalhados e outros solitários. Cínicos, filo-cinéfilos e intelectuais de esquerda arriscam-se a perder o dinheiro do bilhete ou do DVD e a "desligar" depois de 10 minutos de chachada...

1 comentário:

nana disse...

merci pela dica.

:o)