por outro lado, temos uma mulher alemã que deixou de receber fundo de desemprego porque recusou uma proposta de trabalho... para prostituta. Ao contrário do autor, não encaro a prostituição como inevitável. O moralismo que ele fala é da inacção, o do falso moralismo que diz que sim mas que convém mais que não faça absolutamente nada. Além do mais, custa-me a conceber uma sociedade que não evolui eticamente a partir de um determinado ponto, mas que se limita a regular, estagnando. A regularização per si irá legalizar a situação que algumas pessoas vivem. É preciso, a meu ver, ir mais além que isso. É preciso tentar ajudar quem já se encontra em situação precária, mas esse salvamento não deve pôr em causa a eliminação de facto da prostituição, por muito moralmente aceitável que ela tenha sido ao longo da nossa História.
De qualquer maneira, sou contra o proibicionismo que gera apenas mais miséria e marginalidade. Não é por acaso que a profissão é considerada a mais velha do mundo. Porque existem factores trans-históricos e trans-sociais que explicam o fenómeno. Por isso, talvez seja mehor aceitar um certo fatalismo em vez de cair num falso moralismo.
Dito isto, também não posso aceitar que seja considerado um business como qualquer outro porque, na maior parte dos casos, não é baseado no livre-arbítrio, fere elementares direitos humanos e porque é tangente a vários outros exemplos de criminalidade como a droga e a escravatura. Não estou seguro de que uma regulação específica e a subordinação da actividade à mais estrita legalidade sejam suficientes para eliminar os lamentáveis efeitos colaterais.
No fundo, a prostituição é um mercado negro (do sexo) e como tal resulta de uma limitação da oferta abaixo do valor correspondente ao preço de equilíbrio. Esta é a apenas uma forma freakonomic (estupidez na moda) de dizer que os homens são basicamente diferentes das mulheres... E por aqui me fico...
2 comentários:
por outro lado, temos uma mulher alemã que deixou de receber fundo de desemprego porque recusou uma proposta de trabalho... para prostituta.
Ao contrário do autor, não encaro a prostituição como inevitável. O moralismo que ele fala é da inacção, o do falso moralismo que diz que sim mas que convém mais que não faça absolutamente nada. Além do mais, custa-me a conceber uma sociedade que não evolui eticamente a partir de um determinado ponto, mas que se limita a regular, estagnando. A regularização per si irá legalizar a situação que algumas pessoas vivem. É preciso, a meu ver, ir mais além que isso. É preciso tentar ajudar quem já se encontra em situação precária, mas esse salvamento não deve pôr em causa a eliminação de facto da prostituição, por muito moralmente aceitável que ela tenha sido ao longo da nossa História.
De qualquer maneira, sou contra o proibicionismo que gera apenas mais miséria e marginalidade. Não é por acaso que a profissão é considerada a mais velha do mundo. Porque existem factores trans-históricos e trans-sociais que explicam o fenómeno. Por isso, talvez seja mehor aceitar um certo fatalismo em vez de cair num falso moralismo.
Dito isto, também não posso aceitar que seja considerado um business como qualquer outro porque, na maior parte dos casos, não é baseado no livre-arbítrio, fere elementares direitos humanos e porque é tangente a vários outros exemplos de criminalidade como a droga e a escravatura. Não estou seguro de que uma regulação específica e a subordinação da actividade à mais estrita legalidade sejam suficientes para eliminar os lamentáveis efeitos colaterais.
No fundo, a prostituição é um mercado negro (do sexo) e como tal resulta de uma limitação da oferta abaixo do valor correspondente ao preço de equilíbrio. Esta é a apenas uma forma freakonomic (estupidez na moda) de dizer que os homens são basicamente diferentes das mulheres... E por aqui me fico...
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