O poder tem uma lógica. Claro que tem uma lógica - a lógica dos interesses, ou se quisermos, das motivações. Daí resulta toda a sua legitimidade. O sentido das decisões deve encontrar-se nos interesses que se defendem, não numa espécie de racionalidade positiva que, em matéria de poder, não existe, pelo menos, fora dos interesses.
Em contextos não totalitários, essa "verdade" é frequentemente escamoteada, maquilhada com justificações de uma justiça universal. Decisões que defendem interesses específicos são apresentadas sob o manto do interesse geral e da lógica euclidiana. Dá vontade de rir. Obviamente, as ditaduras (na forma e na substância) não mentem.
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