Num cenário que conjuga desfiles de carros alegóricos com casas destruídas, a cidade de Nova Orleães celebra hoje o primeiro Mardi Gras (Terça-Feira Gorda em francês) do pós-Katrina, que há seis meses deixou mais de mil mortos e três milhares de desaparecidos no Sul dos Estados Unidos. (...)
Assim, aquele que é oficialmente o 150.º Carnaval de Nova Orleães apresenta-se, simultaneamente, como ocasião para fazer uma terapia colectiva e oportunidade de recuperação económica para uma cidade que vive do turismo. Habitualmente, a época do Carnaval (reduzida de 12 para oito dias) rendia à cidade do jazz lucros na ordem dos mil milhões de dólares, mas este ano apenas metade dos turistas (300 a 400 mil) deverão ter ido à Big Easy. (...)
As sociedades culturais (que financiam os festejos), comprometeram-se a canalizar os lucros para hospitais ou escolas.
Mesmo assim, há quem pense que o Carnaval de Nova Orleães, que apenas foi interrompido por eventos da responsabilidade do Homem (como a Guerra da Coreia, em 1951, ou a greve da polícia em 1979) e nunca por catástrofes naturais, não deveria realizar-se este ano.
Não é o caso de Arthur Hardy, editor de longa data dos programas do Mardi Gras, para quem a festa que ocorre 40 dias antes da Páscoa "é algo que está bem marcado no ADN de Nova Orleães". (...)
Não é o caso de Arthur Hardy, editor de longa data dos programas do Mardi Gras, para quem a festa que ocorre 40 dias antes da Páscoa "é algo que está bem marcado no ADN de Nova Orleães". (...)
A tradição do Mardi Gras foi trazida para a Big Easy pelos colonos franceses no século XVII. E os desfiles começaram oficialmente na segunda metade do século XIX. (...)
Na paleta de cores imperam o púrpura, o dourado e o verde, que em 1872 foram designadas para representar respectivamente a justiça, o poder e o destino...
Na paleta de cores imperam o púrpura, o dourado e o verde, que em 1872 foram designadas para representar respectivamente a justiça, o poder e o destino...
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