(...) é evidente o "carácter dinâmico da construção social deste tipo de discriminação" com base no sexo: a "discriminação salarial ganha forma à medida que a inserção profissional se desenrola, penalizando indiscutivelmente as mulheres". Outro indicador revelador da diferenciação existente no mercado de trabalho e respectivas remunerações é o facto de 39,8 por cento dos homens receberem mais de mil euros, contra 32,2 por cento das mulheres.
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Mas não é só no capítulo dos salários que se mantém uma discriminação mais do que constatada nas estatísticas internacionais e que parece continuar a afectar os jovens. Basta ver que 80 por cento dos que concluíram o curso entre 1999 e 2003 e que em Outubro de 2004 (data do inquérito) estavam desempregados eram raparigas. "Confirma-se a maior vulnerabilidade das mulheres ao desemprego, mesmo quando são detentoras de títulos escolares ainda raros no mercado de trabalho"
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Os licenciados em Medicina, Física, Informática e Farmácia começam desde logo a trabalhar. Direito, Filosofia, Geologia, História e Psicologia são, em contrapartida, áreas com baixa empregabilidade imediata.
in: PUBLICO.PT
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