Nelson Mandela faleceu esta semana aos 95 anos.
Viveu uma vida como poucos, deixou uma marca como ainda menos e para sempre
ficará imortalizado nos compêndios de História; por isso, dispensa
apresentações. Outrora difamado pelos mais variados governos, é agora aclamado
como herói: de terrorista a farol de liberdade e justiça.
“This hero worship is very much misplaced”
- John Carlisle, político
conservador britânico por ocasião do concerto Free Nelson Mandela em 1990.
“The ANC is a typical terrorist organisation
(...) Anyone who thinks it is going to run the government in South Africa is
living in cloud-cuckoo land” - Margaret
Thatcher em 1987 (a mesma senhora que, anos mais tarde, tanto defendeu
Augusto Pinochet; enfim…)
“How much longer will the Prime Minister
allow herself to be kicked in the face by this black terrorist?” - Terry Dicks, outro político conservador britânico em meados dos
anos 80 do século passado.
“Nelson Mandela should be shot” –
o mesmo Terry Dicks, por volta da
mesma altura.
“Hang
Nelson Mandela” – John Bercow,
enquanto presidente da Federação de Estudantes Conservadores britânicos.
"I don't have any
problems at all with the vote I cast 20 years ago.''- Dick “O Descaramento Não Tem Limites” Cheney,
a propósito de votar contra o Comprehensive Anti-Apartheid Act de 1986. E com
ele vários outros congressistas Republicanos da época. Ronald Reagan acabou por vetar este projeto de lei.
Em 1962 a CIA desempenhou um
papel importante no encarceramento de Mandela.
É sempre assim. Herói para uns, terrorista para os outros
– mas raramente indiferente. Talvez por isso é que se costuma dizer o
seguinte: “History books are written by the winners.”
Quanto a mim:
Nelson Rolihlahla Mandela
RIP dear Sir
1918-2013
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