quarta-feira, maio 01, 2013

Pompeii (Pompeia/Pompeios); Herculaneum (Herculano/Ercolano); Roma...e o feitiço que ruínas e relíquias têm sobre mim

Em criança adorava visitar museus, monumentos e Conímbriga era um dos locais onde mais gostava de passar as tardes de domingo. Em adulta continuo a me sentir levada no tempo sempre que visito sítios históricos, mesmo os relativamente recentes como a prisão de Alcatraz. É uma atracção e encanto que não consigo explicar. Hoje em dia, Pompeii, Herculaneum e Roma são três cidades que fazem parte da minha “Bucket List”, i.e., lugares que gostava de conhecer antes de morrer. Todas três ricas em algo que me fascina: arte, história, arqueologia e antropologia física. Infelizmente, existe um “pequenino” problema, que é não conhecer ninguém que partilhe da minha opinião e que não pense que “history is just the study of a bunch of old men” ou que “visiting Europe is akin to bouncing from one old building to the next”– triste, mas verdade. Mais triste ainda seria ir sozinha para sítios interessantes, por isso limito-me a saciar este desejo vendo documentários e lendo livros e artigos.
Está actualmente a decorrer uma exposição de grande sucesso no “British Museum” (Londres) até o próximo dia 29 de Setembro sobre o fim trágico destas duas cidades do sul de Itália em 79 DC, aquando da erupção do vulcão Vesúvio; se não estivesse tão longe dava lá um pulo.
Segue-se um link para um video onde Paul Roberts, curador do museu, explica o que aconteceu, como a população vivia e como acabou por morrer. Vê-se os objectos usados durante a labuta diária, objectos de arte próprios da época e ainda um pão (que foi ao forno em 79 DC para só ter sido retirado em 1932 ficando, assim, “cozido demais” e onde ainda é visível o carimbo do escravo que o fez...). Acho incrível ver-se os corpos de seres humanos e animais de estimação tão bem preservados, ainda nas posições em que se encontravam quando faleceram; enquanto uns se abraçam, outros morrem no horror da solidão, permanentemente sós e de cócoras com as mãos a tapar a cara ou braços em cima da cabeça (todos em desespero e todos envolvidos no mesmo último e fútil acto, tentando se resguardar do mal ou a proteger entes queridos). Mobília, objectos e seres vivos carbonizados; seres humanos como todos nós e para quem, de um momento para o outro, tudo acabou. Famílias inteiras para sempre devastadas. Tudo parado no tempo e no espaço. Tudo isto me fascina:  http://www.guardian.co.uk/artanddesign/video/2013/mar/26/pompeii-herculaneum-british-museum-video (se gostam deste tipo de “coisa” vejam em “full screen” que vale a pena).

The bodies of many of those who died at Pompeii were covered in ash that gradually hardened into rock.

Sem comentários: