domingo, setembro 30, 2012

A saída da Alemanha do euro


Ou a Alemanha se dispõe a pagar durante uma fase de transição dos países do sul para uma economia de tipo alemão (o que pode levar séculos e implicar mudanças profundas nas respectivas sociedades) ou o euro único deve acabar para dar lugar a vários euros, porventura ligados entre si, mas que permitam aos países do sul amortecer a necessidade de ajustamento estrutural e preservar as suas diferenças... Neste último caso, bem mais realista, a competitividade da Alemanha sairá penalizada face a países com euros mais fracos e face ao resto do mundo, dado que o euro da Alemanha também se valorizará face às moedas do resto do mundo. Ou seja: a Alemanha deve pagar, mais ou menos, de forma mais ou menos explícita, por mais ou menos tempo. Mas tal não será nenhuma espoliação. Apenas retorno dos benefícios que a Alemanha tem acumulado desde a criação de um euro desvalorizado face ao que teria sido a cotação do marco.
De facto, como já aqui disse e tenho ouvido mais recentemente (incluindo da parte de Martin Wolf, editor associado do Financial Times), quem deveria sair do euro é a Alemanha...  

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