Creio estarmos a nível global a sofrer dos efeitos do "sofisma da composição". Trata-se de uma forma incorreta de raciocínio, bastante comum no campo das ciências sociais e da economia em particular, que pretende imputar ao conjunto certos princípios ou leis que são válidos apenas para uma parte do todo. Em economia, um princípio válido para um agente econômico, individualmente considerado, não necessariamente válido também para a economia como um todo. É sobretudo perigoso gerir um Estado como se fosse uma empresa e tomar decisões com consequências macroeconómicas com base numa lógica microeconómica. Não faria mal nenhum se os policy makers revisitassem de vez em quando os conceitos mais elementares.
Acho que devias colocar este comentário na secção de comments do manifesto.
Esta tua frase “É sobretudo perigoso gerir um Estado como se fosse uma empresa e tomar decisões com consequências macroeconómicas com base numa lógica microeconómica” faz-me lembrar o meu professor de Public Management que gostava de dizer qualquer coisa como, “the problem with this country is that politicians are not managers; if they ran the country the way a manager runs a company we wouldn’t have the problems we have with public management.” Isto, claro, muito antes da actual crise que começou em 2008.
Compreendo onde queres chegar, mas tambem não posso discordar completamente com o meu professor. Para quem, como eu, trabalhou sempre no sector privado, acho certos aspectos de gestão no sector publico completamente incompreensiveis.
3 comentários:
Creio estarmos a nível global a sofrer dos efeitos do "sofisma da composição". Trata-se de uma forma incorreta de raciocínio, bastante comum no campo das ciências sociais e da economia em particular, que pretende imputar ao conjunto certos princípios ou leis que são válidos apenas para uma parte do todo. Em economia, um princípio válido para um agente econômico, individualmente considerado, não necessariamente válido também para a economia como um todo. É sobretudo perigoso gerir um Estado como se fosse uma empresa e tomar decisões com consequências macroeconómicas com base numa lógica microeconómica. Não faria mal nenhum se os policy makers revisitassem de vez em quando os conceitos mais elementares.
Acho que devias colocar este comentário na secção de comments do manifesto.
Esta tua frase “É sobretudo perigoso gerir um Estado como se fosse uma empresa e tomar decisões com consequências macroeconómicas com base numa lógica microeconómica” faz-me lembrar o meu professor de Public Management que gostava de dizer qualquer coisa como, “the problem with this country is that politicians are not managers; if they ran the country the way a manager runs a company we wouldn’t have the problems we have with public management.” Isto, claro, muito antes da actual crise que começou em 2008.
Compreendo onde queres chegar, mas tambem não posso discordar completamente com o meu professor. Para quem, como eu, trabalhou sempre no sector privado, acho certos aspectos de gestão no sector publico completamente incompreensiveis.
Proof that great economists think alike:
“A country is not a company (…), and the tools of macroeconomic policy (…) have no counterparts on a corporate organization chart.”
http://www.nytimes.com/2012/07/06/opinion/off-and-out-with-mitt-romney.html?_r=1&ref=opinion
Para quando o teu comentário no manifesto?
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