domingo, janeiro 09, 2011
A média e o desvio-padrão das marés
Acho que uma maneira sensata de encarar a vida é vê-la como um mar de marés mais ou menos regulares e intensas. As marés chegam e partem, sobem e descem, são mais ou menos enchentes ou vazantes conforme a Lua e as estações. Nada fica para sempre, nem o bom nem o mau, nem a alegria nem a tristeza. Como diz o provérbio, "não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe". Portanto, quando as coisas correm mal basta fazer com que melhorem e meter na cabeça que aquilo acabará por passar, que a dias feios se sucederão dias mais formosos. A maré vai e vem, sobe e desce. Quando as coisas nos correm de feição devemos não esquecer que um dia correrão pior e, por isso, é preciso gozar devidamente essa feliz conjugação das estrelas com os nossos esforços, não desperdiçar a satisfação do bem que temos porque ele inevitavelmente não durará para sempre. As marés sobem e descem, são a melodia de que se faz o mar da vida. Depois, a felicidade é uma média das marés tão alta quanto possivel tendo um desvio padrão tão pequeno quanto possivel.
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