quinta-feira, setembro 23, 2010
O purgatório
Eu até gostava de ser divertido e optimista e de rir e de ser positivo e olhar para o lado bom das coisas e de curtir e contar anedotas e sair com a malta para beber um copo e mandar a tristeza à merda e de não complicar porque a vida é curta e carpe diem e por aí fora. E gostava de tudo isso sem ser pateta ou leviano ou imbecil, mantendo a lucidez, sem me deixar ir na onda. Tudo isso era óptimo, mas depois há a realidade, a puta da realidade que nos faz positivos e negativos, tristes e alegres, optimistas e pessimistas, zen e menos zen, sacaninhas e bonzinhos, distraídos e concentrados, generosos e forretas. Abençoada a vida que nos põe sempre algures entre o céu e o inferno.
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