De facto, o céu e o inferno de Saramago são outros."(...) la reacción del Vaticano, que ayer dirigió desde las páginas de L'Osservatore Romano, su diario oficial, un furibundo ataque hacia el escritor, que sonó casi a celebración por su muerte. Saramago se había distinguido como uno de los intelectuales que más lúcidamente condenó los abusos cometidos en nombre de la religión. (...) Precisamente su posición ideológica motivó ayer un ataque duro desde el órgano oficial del Vaticano, L'Osservatore Romano, que no guardó ni siquiera la compostura ante la muerte. En un artículo firmado por Claudio Toscani titulado La omnipotencia (relativa) del narrador, subraya la "ideología antirreligiosa" de Saramago, a quien define como "un hombre y un intelectual de ninguna capacidad metafísica, (y que vivió) agarrado hasta el final a su pertinaz fe en el materialismo histórico, alias marxismo". Para añadir: "Se declaraba insomne por las cruzadas, o por la inquisición, olvidando el recuerdo de los gulags, de las purgas, de los genocidios, de los samizdat (panfletos de la Rusia soviética) culturales y religiosos". En resumen, escriben, se distinguió por "la banalización de lo sagrado" y "un materialismo libertario" radicalizado con los años." (citado daqui)
1 comentário:
Efectivamente, Saramago foi, é e continuará a ser uma grande referência no nosso espólio literário, levando Portugal além fronteiras… Admiro sobretudo a coragem de assumir a sua não religião e as críticas que faz em muitas das suas obras e que lhe valeram duríssimas críticas. Penso como Manuel Alegre que disse: “Isto é uma história portuguesa cheia de preconceitos e fantasmas. Ele é um grande escritor e parece que não se perdoa a Saramago ser um grande escritor da língua portuguesa, ser um prémio Nobel e não ser religioso”. Há pessoas realmente muito hipócritas, não valorizando a qualidade dos seus livros nem comentando a sua temática, mas emitindo opiniões sobre as suas ofensas a Deus e Jesus Cristo… Nem valorizam sequer o facto de ele ser honesto ao transmitir aquilo que pensava… perseguiram-no, criticaram-no, quase o crucificaram por ele ser diferente… mas… como ele próprio dizia: “A mim, o que me vale,… é que já não há fogueiras em S. Domingos.”
Lamento termos perdido um bom português que enriquecia o nosso país.
Enviar um comentário