quarta-feira, dezembro 02, 2009
2012
Fui ver (sabe deus porquê...) este filme, enésimo pacote de efeitos especiais sobre o fim do mundo, produzido no centro do império (em Hollywood, para variar). Os ditos efeitos são na verdade espectaculares, mas de uma inverosimilhança que chateia. A história está repleta de clichés e de estereótipos politicamente correctos para a concórdia mundial, no meio da mais arrepiante desgraça, sob os auspícios dos Estados Unidos da América. É um cientista indiano que descobre o risco de hecatombe, é um jovem cientista negro de origem humilde que comunica a catástrofe iminente a um Presidente dos EUA negro que prefere morrer heroicamente ao lado dos seus compatriotas, são os chineses que constroem as arcas onde serão salvos os cobridores da nova Humanidade que repartirá (nada mais nada menos) do que da África, o continente maldito onde residem todas as esperanças de uma nova era, os russos até são simpáticos e cheios de bons sentimentos, etc, etc. Trata-se de filmes que, de facto, são menos inocentes do que possa parecer, recheados de ideologia e de valores para afeiçoar as massas à super-estrutura dominante, dando-lhes a ilusão de simples divertimento. [Clicar no título.]
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