domingo, outubro 04, 2009

Os 60 anos da Revolução Chinesa


Os homens e as nações não são anjos.

As pessoas são genuinamente boas ou são boas porque têm a perder se forem más?

Sobretudo na política internacional o que prevalece é a lógica dos interesses, por mais folclore que se faça com os valores.

Tudo isto para dizer que este é um debate tão velho como a Humanidade e para introduzir o tema do poder crescente da China e da potencial ameaça que representa para a paz mundial. A China é muito grande, demasiado grande. Não foi problema enquanto continuou fraca e isolada ao ritmo de "Revoluções Culturais" e de "Saltos em Frente" que reforçaram a ditadura maoista e empobreceram o país. Mas, agora a China está a enriquecer a olhos vistos e a dotar-se de tecnologias e poderio militar que podem nutrir a ilusão sempre perigosa do expansionismo, no meio de um Capitalismo Monopolista de Estado alicerçado numa corrupção tentacular. A inexistência de democracia e a propaganda nacionalista que doutrina o povo chinês desde a mais tenra idade, são factores que tornam essa tendência mais preocupante. Por enquanto, o que predomina é a teoria da defesa, isto é, os chineses estarão bem preparados para enfrentar qualquer agressão externa, para não deixar repetir o que fizeram os japoneses nos anos 40 do século passado. No entanto, poderá chegar a hora em que a oligarquia considere que o país tem suficiente poder para não perder a guerra, ou que o saldo entre ganhos e perdas de uma guerra lhe poderá ser benéfico.

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