terça-feira, maio 26, 2009

Blocos Centrais

E de repente descobrem todos que o crime existe e que de nada vale andar "cego, surdo e mudo" e que o poder e o luxo exigem frequentemente o entorse da Ética. Que diabo, não vejo nada de novo em tudo isto! A candura de uns tantos ícones do sistema torna-se rídicula, confrangedora. Nomes? Vale e Azevedo, Rendeiro, Oliveira e Costa, Dias Loureiro... Devem estar ainda a faltar tantos outros que continuam a vender moral e bons costumes a peso de ouro. Não quero com isto embarcar no discurso fácil e populista, segundo o qual tudo o que brilha é suspeito e cheira mal, tudo o que sofre merece estima e compaixão. O miserabilismo não produz grande coisa e legitima a estagnação. Todo este clima de crispação e de exorbitância da justiça (e da falta dela) explica-se pela proximidade de decisões importantes sobre a putativa alternância dos tachos. Porque numa coisa estou de acordo com o abominável Paulo Portas: basta consultar na Internet a composição dos Conselhos de Administração das empresas públicas para perceber quem é o bloco central que ganha sempre as eleições...

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