Bem sei que o poder precisa de rituais, de se ver ao espelho. O poder tem um ego infinito, pede respeito e admiração. O poder é feito de imagens de poder, da propaganda do seu putativo sucesso. O poder precisa de palco e de música, de audiência, de espectadores supostamente embevecidos, de câmaras de televisão insaciáveis. Sei (sabemos...) tudo isso. E imagino (imaginamos...) quanto tudo isso seja elevado à enésima potência quando se trata de poder global, do poder de Estados super-potentes (o que é que isso quer dizer num mundo dominado por hedge funds e firmas transnacionais?...).
Mas, quando vejo os Chefes de Estado e de Governo do chamado G-20 (incluindo o inenarrável Barroso e a sua Barbie de segunda categoria e um Obama que cada vez mais parece um galo de barcelos da América) a pavonear-se e a distribuir sem parcimónia sorrisos e bonomia, enquanto milhões de pessoas caem no desespero, e anunciam medidas faraónicas para amortecer a crise do capitalismo, pela mão de um FMI governado por um (ex-)socialista (!) que não resiste a um rabo de saias... fico com naúsea. Verdadeira náusea.
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