Por causa do "risco sistémico", as autoridades monetárias dos Estados Unidos e de outros países industrializados têm injectado biliões de dólares no sistema financeiro para evitar o colapso de instituições de primeira ordem o qual poderia provocar um efeito dominó de consequências imprevisíveis sobre a economia real, principalmente por causa da desconfiança generalizada de investidores, produtores e consumidores. De caminho, continua a alimentar-se o "moral hazard" segundo o qual, os senhores banqueiros podem permitir-se todo o tipo de excessos, dado que, mais tarde ou mais cedo, por causa do bendito "risco sistémico", os contribuintes virão sempre a pagar a factura. É, por exemplo, escandaloso que os presidentes de bancos em derrocada recebam bònus faraónicos no momento do "despedimento", como foi recentemente o caso de um senhor que "caiu em desgraça" e levou para casa um "prémio" de quase 170 milhões de dólares, qualquer coisa como 24 milhões de contos, ao cambio actual. Com "punições" destas, não admira que tantos outros estejam apenas à espera da estabilização da coisa para recomençar o festim.
E no entretanto, festejando a ajuda dos contribuintes, as Bolsas disparam como não se via há 20 anos. Because the show must go on...
Mas, cuidado porque o risco de colapso ainda não psssou, a volatilidade é mais do que muita e começa-se a falar de risco de insolvabilidade... dos Estados Unidos, com os spreads de risco sobre a dívida emitida pelo Estado Federal a dispararem e o rating da primeira potência sob ameaça.
É preciso também não esquecer que no tristemente célebre Outubro de 1929, a Bolsa também subiu em espiral poucos dias antes da hecatombe...
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