domingo, julho 01, 2007

A apologia do gato


Em tempos de estudo, o meu sonho era ser um gato... Quem não gostava de ser um gato? Dormem, comem, brincam, não têm obrigações nem responsabilidades, não dão contas a ninguém... Os gatos são o exemplo mais claro do hedonismo.

Já Fernando Pessoa dizia:

Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.


Além disso, olhem para o Garfield...


Não dá mesmo inveja?



Para ver a letra desta música clicar aqui.

1 comentário:

Alexandre Carvalho disse...

nem de propósito nos ultimos dias estive num bar no porto em que passou esta música (noutra versão suponhp) e que me chamou logo à atenção... :-)


tenho que sacar os acordes desta música


já agora que falamos em gatos:

To A Cat

Mirrors are not more silent
nor the creeping dawn more secretive;
in the moonlight, you are that panther
we catch sight of from afar.
By the inexplicable workings of a divine law,
we look for you in vain;
More remote, even, than the Ganges or the setting sun,
yours is the solitude, yours the secret.
Your haunch allows the lingering
caress of my hand. You have accepted,
since that long forgotten past,
the love of the distrustful hand.
You belong to another time. You are lord
of a place bounded like a dream.

(Jorge Luís Borges)