Só p'ra dizer que adorei a qualificação da equipa portuguesa para a fase final do campeonato do mundo de Rugby onde vão enfrentar colossos como a Nova Zelândia ou a Escócia. No grupo também calhou a Roménia que talvez esteja mais ao alcance da rapaziada. De realçar que será a única equipa de simpáticos bruta-montes genuinamente amadores, uma grande parte, de facto, estudantes.
O Rugby é um desporto de uma violência assumida, franca, frontal, onde os truques são quase impossíveis, em que o espírito de equipa é a verdadeira chave do sucesso. À força muscular e à perseverança individual aliam-se a estratégia e, sobretudo, um respeito incondicional pelas regras do jogo, pelos árbitros e pelos adversários. Talvez seja um dos desportos colectivos em que acontecem menos casos de vandalismo, em que, pelo contrário, há confraternização entre as claques opostas, independentemente dos resultados. É um jogo muito popular nos países anglo-saxónicos e em França, com os estádios a encher mais do que em partidas de futebol.
Não é só um desporto da classe média urbana ou de intelectuais com vontade de exorcizar o sedentarismo, como alguns chegam a insinuar. Nos países onde a sua implantação é maior é um desporto de massas com espírito cívico.
Se não gostam, tentem aprender a gostar, começando nomeadamente com as regras.
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