sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Nações Unidas do Ambiente
O combate ao aquecimento global (através de medidas que implicam menor crescimento económico a curto prazo e investimento massivo em novas tecnologias de resultados incertos) faz lembrar o dilema do prisioneiro. Cada país ou grupo de países não quer fazer boa figura sózinho, à custa dos seus próprios interesses imediatos. Toda a gente espera que seja o vizinho a tomar a iniciativa, especialmente se esse "vizinho" for considerado como um dos mais poluentes. E assim, quase ninguém se mexe e o problema apenas se agrava para o mal de todos a médio/longo prazo. Esta é uma das àreas que, pela sua natureza genuinamente global, implica cidadania global, concertação global, cedências multilaterais. Daí que a proposta de Jacques Chirac de criação de uma espécie de Nações Unidas para o Ambiente tenha sentido, particularmente, dados os escassos resultados do protocolo de Kyoto. Senão, a "guerra ecológica" aumentará, com a competitividade imediata das diferentes economias a depender de um sistemático atropelo das mais elementares regras de protecção do ambiente. O que se espera é que essas novas Nações Unidas tenham mais eficácia e maior credibilidade do que ultimamente tem tido a ONU... Que não seja apenas mais uma caixa de ressonância de conflitos insolúveis.
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