quarta-feira, novembro 08, 2006

A vida por vezes confronta-nos com situações que nos colocam perante os limites da nossa bondade, das nossas boas intenções, do nosso optimismo. Há casos em que a razão (infelizmente ?) exclui ou suplanta os sentimentos. O que deve prevalecer ? Com que riscos ? A pretexto de que conveniência ou equilíbrio ?

Há pessoas que lidam com problemas bem reais, não com deambulações existenciais ou tormentas filosóficas. Essas pessoas revelam coragem e força para enfrentar os piores golpes da vida e fazem-nos sentir demasiado pequenos, mesquinhos, irrisórios. O afastamento em relação a essas pessoas é uma forma de auto-defesa cobarde, de rejeição dos riscos, de retorno à tranquilidade de uma não-vida, de medo de contaminação pelo sofrimento alheio.

Sem sofrimento não há crescimento, não existe justa avaliação do que seja a felicidade. A felicidade fechada a cadeado e protegida das intempéries da vida é frágil e precária, superficial. É hedonismo.

2 comentários:

nana disse...

assino em baixo.

tnr disse...

Ja' la' vao perto de 40 anos, mas uma vez ouvi uma pessoa dizer, "que beleza teria a vida se nao fossem as contrariedades."

Verdade; igualmente verdade e' que a felicidade fechada a cadeado e' hedonismo - mas isso nao implica que vamos buscar sofrimento so para crescer ou que nada facamos para nos livrar-mos dele, nao te parece?

Tambem acho que devemos fazer o possivel para que os sentimentos suplantem a razao, nao o contrario (isto tem a ver com a importancia da intuicao quando chega o momento de tomar decisoes dificeis).