quinta-feira, novembro 30, 2006

Suicidio de jovens no Japão

Citado de FT on-line de hoje:

"Last month a 13-year-old Japanese boy wrote a simple suicide note on a piece of crumpled paper. “Dear Mom and Dad,” it read, “Sorry I was an inadequate child. Thank you for everything. I cannot live while being bullied.” Over the past two months, at least seven children in Japan have taken their own lives after being tormented by school bullies. The problem of ijime, or bullying, has long been a problem in Japan. But the spate of recent suicides, coupled with unyielding media coverage, has turned ijime into a national epidemic."

2 comentários:

Alice disse...

Impressionante como uma criança com apenas 13 anos toma decisões tão sérias e finais sobre a sua vida... O problema é que ainda não tem maturidade para isso. Coloca-se então a questão: "Porque é que o faz?".

A meu ver, porque algo de extremamente errado se passa...

Não conheço assim tão profundamente a sociedade japonesa para tentar explicar a força da pressão que os miúdos recebem na escola e em casa, mas concerteza que passará por isso.

O problema não passa só pelas escolas. Eu própria, ao longo da minha escolaridade básica tive professores que pressionavam muito os alunos para serem "perfeitos" (se é que isso é possível) de um modo bastante forte, mas não foi por isso que entrei em depressão, nem muito menos tive ideias suicidas. O problema está, a meu ver, não só na educação escolar, mas nos valores que a sociedade e os pais incutem às crianças. Só assim se pode perceber este fenómeno.

Miguel disse...

O problema, de facto, não está tão longe quanto a distância entre Portugal e o Japão poderia fazer supor. Uma sociedade superficial e hiper-competitiva gera fenómenos radicais como o do suicidio de jovens. Mas, existem outras expressões de mal-estar bem conhecidas...

As famílias claramente têm um papel essencial. Pais que tratam os filhos como cavalos de corrida, que delegam inteiramente na escola a função de educar, que transferem para os filhos a redenção das suas frustrações, claramente, não ajudam...