Já se sabia que a criatividade dos financeiros não tem limites. Já se sabia que dinheiro e ética dialogam com uma certa dificuldade. Já se sabia que, para lá do romantismo e das boas intenções, é preciso tratar das coisas práticas da vida, o que significa, frequentemente, gerir bem o "vil metal". Para ilustrar tudo isto, o Financial Times on-line de hoje descreve os chamados "longevity bonds" ou "mortality bonds". São obrigações cuja taxa de juro é indexada à taxa de mortalidade de uma determinada população. Por exemplo, quando aumenta a mortalidade, aumenta o juro e vice-versa. É um instrumento adequado à cobertura dos riscos de liquidez e de mercado dos fundos de pensão que investem em activos de longo prazo na base de uma certa previsão de esperança de vida dos beneficiários das pensões. Se essa previsão não se concretiza, os fundos ficam ou com um excesso de financiamento ou com um défice durante um certo período, expondo-se às flutuações de rendimento dos activos subjacentes. Os "longevity bonds" ou "mortality bonds" permitem cobrir esse risco.
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