sexta-feira, outubro 13, 2006

An inconveniente truth

Fui ver o filme de Davis Guggenheim em que Al Gore faz de grande educador ambiental do planeta. O filme até é eficiente. É feito de forma pedagógica e acutilante. Alerta as consciências, sobretudo dos americanos, que são responsáveis por mais de 1/3 da totalidade das emissões de CO2 em todo o mundo. É um bocado discursivo de mais, com um estilo muito "power point" e centrado no sentido cívico peregrino do ex-candidato às eleições presidenciais americanas derrotado por uma unha negra pelo Sr Bush. Tem, inclusivamente, algumas passagens demasiado auto-biográficas a puxar para o lamechas e algo deslocadas. Mas, filme americano sem esses acessos de sentimentalismo barato não é verdadeiramente americano...

O apelo é a todos e convida a comportamentos ambientalmente correctos. Toca-se apenas de raspão no sistema em si mesmo, que motiva a degradação ecológica a que assistimos. A lógica do capital é apenas aflorada enquanto pressão dos lobbies "oil & gas" e automóvel. O capitalismo deve ser ambientalmente mais responsável para salvar a própria pele a médio-longo prazo, não para melhorar desinteressadamente as condições de vida das populações. Al Gore tenta fazer a quadratura do círculo, dizendo que o Ambiente passou a ser uma questão ética de toda a gente e que as democracias devem actuar enquanto "energias renováveis" para mudar o actual estado de coisas e as tendências preocupantes que estão em curso.

2 comentários:

Alice disse...

mas afinal achas que vale a pena ir ao cinema para o ver ou nem por isso?

Miguel disse...

acho que sim
para simplificar, de 0 a 20 dou-lhe 12-13