quinta-feira, setembro 28, 2006

Compulsivo

Quem me dera rasgar o mundo
Beber a àgua de todos os rios
Absorver o sol de todos os dias
Quem me dera gritar até à lua
Jogar à bola com o planeta
Romper as calças à pancada com as estrelas
Quem me dera deixar de ver esta rua comprida
para me atirar do alto de uma falésia
Quem me dera uma criança loura ou preta ou de nenhuma cor
Um sorriso como um quadro de Picasso
Uma onda que morresse no corredor da minha casa
Que se deitasse na minha cama
Que me abraçasse de amor
Quem me dera deitar fora a razão para ser apenas eu

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