Desde que me conheço (e já lá vão umas 4 décadas...), lembro-me de notícias sobre a guerra no Médio Oriente. As imagens do conflito naquela região têm-me entrado quase diariamente pelos olhos dentro. Já assisti a inúmeras declarações de paz e de guerra na sequência de incontáveis cimeiras e incidentes. Já vi diversos Presidentes de não sei quantos países "empenharem-se" na resolução do problema. Cansei-me de seguir o desenrolar dos acontecimentos. A morte, a miséria, os atentados, o terrorismo tornaram-se uma espécie de rotina a que se assiste, de longe, no extremo ocidental da Europa, com sobranceria e crescente indiferença. De vez em quando, o braseiro intensifica-se, países vizinhos como o Libano são atingidos, as primeiras páginas dos jornais enchem-se de fotografias de sangue, uma certa preocupação emerge por causa dos eventuais efeitos mundiais da "coisa" (terrorismo islâmico, falta de petróleo, ameaças de guerra de países árabes temíveis, o "Eixo do Mal" que o Sr Bush nos tenta vender, etc.). Os Estados Unidos voltam a confirmar o seu incondicional apoio ao Estado Hebreu no meio de declarações sibilinas sobre a necessidade de negociações e sobre a aceitação do Estado Palestiniano... e é tudo ou quase tudo... Depois da enésima retaliação, a situação parece acalmar-se, os jornais enchem-se de Campeonatos do Mundo e a guerra continua sem grandes novidades: "war as usual".
Maldita e complicadíssima guerra de religião, terra, petróleo e dinheiro cujas raízes se fundam provavelmente na noite dos tempos.
1 comentário:
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