Poder-se-ia pensar que é só futebol.
Mas, não !
É muito mais.
É orgulho e exaltação de uma identidade, é campo de batalha, é confronto de valores e de estilos, são os supremos interesses da unidade nacional, é geo-estratégia, é auto-estima dos Povos, é contribuição para o crescimento do PIB e para a melhoria das expectativas. Tudo isso com 11 jogadores de cada lado - gladiadores modernos, concentrando as virtudes de uma Nação, resgatando os seus defeitos - durante 90 minutos de êxtase colectiva. À falta de outras guerras, seguramente mais letais, o futebol é uma guerra (em princípio, benigna) do tempo de paz.
O futebol é cada vez menos uma "brincadeira": mobiliza chefes de estado (p/ex. link), partidos políticos, poderes financeiros e os media. O futebol é uma fonte enorme de poder porque apela a emoções muito fortes junto de amplas camadas da população. Um bocado como a religião (passe a heresia). E por trás desses impulsos pouco racionais, de uma saudável vontade de divertimento ou de uma necessidade de alienação, jogam-se grandes interesses que têm bem pouco de emocional ou ingénuo. O futebol é um terreno de articulação (e de promiscuidade clara, p/ex. link) entre os interesses “público” e privado.
É cada vez mais um elemento essencial das Ordens nacional e mundial.
Nada a fazer…
As federações nacionais de futebol e o seu areópago global (a FIFA) são centros incontornáveis de poder sobre importantes domínios das sociedades modernas. Em consequência, talvez se devesse revisitar o modo de regulação dessas instituições que não exprimem apenas interesses profissionais ou corporativos.
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